Hacker cria aplicativo para Android capaz de derrubar um avião

A preocupação com a segurança chega a beirar o absurdo nos Estados Unidos. E não é para menos. Depois dos atentados de 11 de Setembro, quando terroristas conseguiram sequestrar dois aviões e desviá-los para se chocarem contra as torres gêmeas do World Trade Center, em Noa Iorque, as coisas ficaram bem complicadas. Depois das explosões desta semana durante a Maratona de Boston a tendência é de que as coisas fiquem ainda mais complicadas. Para piorar as coisas ainda surgiu a informação de que um hacker Hugo Teso criou um aplicativo capaz de controlar e até derrubar um avião.

O hacker fez uma demonstração breve e superficial sobre os métodos utilizados. Sem entrar em detalhes técnicos, podemos simplificar tudo dizendo que ele descobriu uma maneira de hackear os equipamentos usados pelos aviões para enviar receber informações de navegação. Explorando as falhas de software dos computadores das aeronaves ele poderia, teoricamente tomar controle de um avião, mudando sua rota e até derrubá-lo. Para quem acha isso impossível ele fez a demonstração do sistema durante uma palestra no Hack In The Box.

No entanto, pelo menos por enquanto, não há motivos para ficar com medo de andar de avião. Afinal, realizar o processo todo não é para qualquer um. Teso levou três anos para desenvolver o aplicativo e isso só foi possível porque ele é piloto de avião. Além disso, o objetivo do programador não é o de criar uma ferramenta para ser usada por terroristas. Por isso não é possível encontrar o aplicativo, chamado de “PlaneSploit” para download no Google Play. Por sua vez a FAA (órgão equivalente à Anac nos EUA) diz que o app não funciona.

O hacker, de qualquer maneira expôs os perigos a que os veículos de transporte estão sujeitos. Com o avanço da tecnologia e as facilidades da comunicação não é de se admirar que, no futuro, técnicas semelhantes sejam usadas para sequestrar também automóveis e outros equipamentos. Afinal, os computadores estão por toda a parte e, como tal, estão sujeitos a falhas de segurança que podem ser explorados por criminosos munidos apenas de um smartphone. Bem-vindos ao futuro.