Aplicativo "Rastreador de Namorado" é banido do Google Play

Na semana um novo aplicativo lançado no Google Play causou um verdadeiro furor no mundo móvel. Criado por um brasileiro o “Rastreador de Namorado” tornou-se um sucesso absoluto no Android, alavancado pela publicidade gratuita gerada pelos sites de tecnologia mais populares do Brasil e também pelos portais de notícia. O efeito viral foi causado, provavelmente, pela proposta do software, que prometia ao usuário a possibilidade de bisbilhotar a vida do namorado ou namorada à vontade. No entanto, a polêmica foi instaurada e o app acabou banido pelo Google.

Apesar do sucesso, o aplicativo tinha uma proposta ousada demais, convenhamos. Afinal ele agia como um verdadeiro espião, sendo capaz de ser instalado de forma oculta no smartphone do namorado. Depois ele era capaz de enviar cópias de SMS, a localização exata através do GPS do aparelho e também oferecia a possibilidade de ligar para o espião poder escutar as conversas da pessoa amada. Ou seja, era um perigo e uma completa violação da privacidade.

A verdade é que o aplicativo extrapolou todos os limites do bom senso. Em tempos em que a discussão sobre as questões de segurança e espionagem envolvendo o governo americano e a NSA estão em alta, é assustador imaginar que alguém tenha o poder de espionar a sua vida sem o seu consentimento. Isso não só é imoral como também é um crime contra à privacidade. Além disso, se o app pudesse ser usado por criminosos seria um verdadeiro Deus nos acuda.

Seja como for, o “Rastreador de Namorado” foi como um meteoro que passou em nossas vidas e agora descansa em paz. Para voltar à vida ele terá que encontrar maneira de ser distribuído. Talvez usando alguma loja de aplicativos alternativa como o GeJar, por exemplo. E os namorados ciumentos de plantão terão de apelar para uma forma antiga de rastrear seus parceiros: contratando um detetive particular.